Na cena desde os 11 anos, o público teve o privilégio de acompanhar a evolução e maturidade artística de Mc Caverinha, que ao lado de seu irmão KayBlack, vem fazendo diferença na cena do rap nacional.
A última música lançada pela dupla, “Cartão Black”, conta a visão de Caverinha em uma versão pessoal e resumida de tudo que tem conquistado, e de como tem usado o seu espaço para tornar sua história algo comum no cotidiano da periferia, e é uma ótima faixa para traçar sua trajetória na arte até os dias de hoje.
Em uma entrevista dada pelo artista, o começo da vida artística dos irmãos foi marcada por muita dificuldade, tanto financeiras, quanto de acesso. Caverinha conta que ele e KayBlack andavam até a Itaim Paulista para ir à Fábrica de Cultura, e que esse processo foi fundamental para que a vontade de fazer arte e ser relevante crescesse.
“Corri pra caramba sem perder o foco
Hoje o Cavalão de Troia é eu que toco
E nem posso, e nem posso
Sempre roletando na minha quebrada
Sendo inspiração pra toda molecada”
MC Caverinha em “Cartão Black”
Com isso, a alusão ao Cavalo de Tróia (grande cavalo de madeira utilizado para esconder soldados gregos durante a guerra de tróia, e assim, invadir o território rival) além da gíria para um veículo luxuoso, pode ser entendido como o movimento que os irmãos tem feito, de utilizar o próprio espaço para evidenciar o talento da família, e de vários outros iguais a eles.
O sucesso da faixa foi tão grande, que atualmente ocupa o Top #1 músicas mais tocadas do Brasil, Top #3 em Portugal, e Top #100 global no ranking do Spotify, streaming de músicas mais popular do mundo.